terça-feira, 5 de maio de 2020

Tecnologias




Sabemos que as tecnologias estão cada vez mais presentes em nossas vidas. Com isso, estamos acompanhando muitas mudanças nas profissões e a necessidade de reinvenção dentro deste contexto. 
ㅤNeste momento em que estamos vivendo é possível perceber ainda mais o quanto as redes são democráticas e possibilitam desenvolver muitos projetos e trabalhos.  
   Podemos nos aproximar e trocar com pessoas que estão distantes, o que no passado só era possível através das cartas, do telefone ou do e-mail. As redes e conexões nos permitem novas criações.

sábado, 4 de abril de 2020

Tempos de isolamento social



Com a situação do COVID-19 se agravando, as famílias tiveram mudanças significativas em suas rotinas. Diante disso, se perguntam: como explicar para as crianças o que está acontecendo? Não existe uma resposta exata. Cada um conversará com seus filhos da forma que considerar mais adequada. O importante é manter a calma e a tranquilidade. Entender que o isolamento social pode deixar as crianças agitadas e com comportamentos atípicos, ainda mais se elas perceberem que os pais estão preocupados. As crianças, captam os sentimentos dos adultos. Explique o que está acontecendo, mesmo que o assunto seja complexo. Fale de um jeito cuidadoso e simples. Existem alguns vídeos lúdicos que podem auxiliar na conversa com a criança. Converse sobre os cuidados que elas precisam ter para se cuidarem e protegerem os outros. Explique que nesse momento vocês não poderão visitar os avós, amigos e sair de casa por motivos de segurança (sua e dos outros). Ligar e fazer uma chamada de vídeo com os avós, amigos e pessoas próximas pode ser uma alternativa. Manter pontes e conexões é muito necessário neste momento em que estamos vivendo isolados.
As brincadeiras podem auxiliar: jogos, artesanato, leituras e músicas despertam a criatividade da criança. Utilize a imaginação e recrie histórias dos livros com elas.  Existem na internet aulas de meditação para crianças. Não deixe os pequenos o tempo todo na frente das telas. Se para os adultos é cansativo trabalhar na frente do computador, imagina para uma criança? As crianças não sabem quando se torna excesso.
 Incentive seus filhos para a aprendizagem através de brincadeiras que explorem tato e olfato, para assim desenvolverem outras habilidades. Aproveite que você terá um tempo maior para estar com os seus filhos, o que geralmente não é  possível com a correria do dia a dia.  Além disso, poderá ensinar os seus filhos e auxiliar nas atividades escolares. As crianças estão acostumadas a ir para a escola e ver os amigos, mas nesse momento poderão exercitar a capacidade de brincar sozinhas, incentive-as.
Lembre-os que vocês não estão de férias. Tentem manter a rotina, ela é necessária. Ter um sono regular e suficiente, fazer exercícios físicos e meditação são hábitos que podem fazer diferença na vida. Cuide da sua saúde mental e das suas emoções. Se perceber que você e seus familiares estão com níveis de ansiedade e estresse elevados, busque ajuda. Muitos psicólogos e outros profissionais seguem atendendo virtualmente e poderão lhe auxiliar.

Foto: Porto Alegre, Acervo pessoal

domingo, 29 de março de 2020

O sofrimento nos faz mudar








Em tempos de isolamento social, temos observado que surgem diversas dicas sobre o que fazer durante esse período. O que podemos apreender com tudo isso?
Primeiramente, é bom que existam recursos como a internet, que nos possibilitam estar conectados, trocando, apreendendo e nos fortalecendo uns com os outros.
Além disso, estar sozinho, gostar do silêncio, da tranquilidade e serenidade são exercícios contínuos. São nessas ocasiões que surgem as ideias e que podemos criar. É curioso que o que mais nos ajuda agora a lidar com o isolamento social (músicas, artes, leituras, educação física) normalmente são pouco valorizados no ensino escolar.
Não estamos acostumados a estar por muito tempo contínuo dentro de casa e nem temos esse registro psíquico, então essa experiência desperta diferentes sensações e sentimentos nas pessoas. O isolamento nos afetou bruscamente e exigiu uma mudança na rotina e nos hábitos. Conforme vamos assimilando a ideia, percebemos que não estamos de férias. E que temos mais dúvidas do que certezas sobre tudo que está acontecendo ao nosso redor.
Mais do que solidariedade, precisamos ter humildade e reconhecer que não temos controle sobre as coisas e que não somos onipotentes. O recolhimento psíquico é um jeito de ir acomodando tudo isso. Lidar com essa nova realidade demanda uma reorganização interna. É um momento de repensar o que fazemos de nossas vidas, reavaliar muitas situações e a forma como existimos no mundo. O recolhimento é um cuidado consigo e com os outros.
Sairemos dessa mais fortes. Todo sofrimento nos faz mudar.

Foto: Casa de Cultura Mário Quintana,
Acervo pessoal

sábado, 4 de janeiro de 2020

Pontos importantes sobre a terapia

*️⃣ A terapia é diferente dependendo do terapeuta e da sua abordagem de trabalho;

*️⃣ Ao buscar um terapeuta, preste atenção ao que mais fecha com você. Sentir-se à vontade inicialmente já é um primeiro passo;

*️⃣ O terapeuta apto estará ligado a ética profissional do cuidado;

*️⃣ A terapia é para todos que queiram fazer, você não precisa buscar somente quando estiver no seu limite;

*️⃣ Existem os atendimentos particulares,  mas também existem instituições/ clínicas que atendem de forma gratuita ou por um preço acessível;

*️⃣ É importante manter a frequência das sessões porque a mudança não é linear. Em alguns momentos o processo poderá parecer desconfortável e é comum surgirem resistências. Pois é nessa caminhada que as mudanças começam a acontecer.




sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Esgotamento emocional e Físico/Burnout

O esgotamento emocional, também conhecido como burnout, pode ocorrer em diversas situações. É real e precisa ser levado a sério!
O sujeito pode adoecer ao estar exposto a algum estresse crônico, cobranças excessivas, metas no trabalho ou sobrecarga nos estudos.
O sujeito pode se culpar por achar que não está dando conta do trabalho, quando na verdade a situação em si é exaustiva.
Muitos sintomas emocionais e físicos aparecem: fadiga mental, instabilidade do humor, adoecimento físico e mental, entre muitos outros. Os sintomas alteram o funcionamento corporal.
Muitas empresas/instituições já estão atentas a essas questões e cuidam dos profissionais, enquanto outras não identificam ou ignoram essas situações.
Por isso, a importância do autocuidado, de buscar ajuda, de se afastar por um período do trabalho ou diminuir o ritmo nestas situações.


segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O começo de um novo ano



O final do ano pode vir acompanhado de uma intensidade de sentimentos. Iniciando um novo ano, é como se seguisse uma ligação-conexão com o ano que passou, surgindo assim, diversas questões. 
O novo ano chega como um desconhecido. E ainda vem acompanhado de muitos desejos, ideias, planos e expectativas. Trezentos e sessenta e cinco dias para irmos em busca de alguns desses tantos desejos. Alguns, porque nem sempre e quase nunca podemos alcançar tudo o que desejamos, pois a completude não existe. Somos seres incompletos. Na medida em que nos cobramos mais do que podemos, surgem as tantas frustrações. Na medida em que transformamos nossos desejos em cobranças e obrigações, estamos mais distantes de caminhar levemente. Esses conflitos são humanos e não é raro que aconteçam. Ainda mais que vivemos em mundo que nos cobra uma taxa alta para produzirmos e nos sentirmos felizes boa parte do tempo. 
Freud (1921), em Mal-Estar na Cultura, já nos falava: "Por essa razão, passaremos a uma pergunta mais modesta: O que os próprios seres humanos, através de seu comportamento, revelam ser finalidade e propósito de suas vidas? O que exigem da vida, o que nela querem alcançar? É difícil errar a resposta: eles aspiram à felicidade, querem se tornar felizes e assim permanecer. Essa aspiração tem dois lados. Uma meta positiva e a outra negativa: por um lado a ausência de dor e desprazer, por outro, a vivência de sensações intensas de prazer. Em seu sentido literal mais estrito, "felicidade" refere-se apenas a segunda."


quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Uma análise do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”

Uma análise do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”




O Fabuloso Destino de Amélie Poulain é um lindo filme francês. Conta a história de uma jovem criativa e sonhadora (Amélie Poulain). O filme é delicado, sensível, rico em detalhes, em cores e simbolismos. Apresenta cenas-experiências que retratam o cotidiano e certas peculiaridades da vida. A trilha sonora da trama é encantadora, com músicas românticas e suaves, mas também com um tom dramático e melancólico.
Quando Amélie era criança, seus pais se mostram pouco afetivos, sendo assim, no ambiente familiar, as emoções ficavam sem espaço para serem expressadas e eram vistas como “doenças”. O pai de Amélie era médico e ao examiná-la percebia que seu coração estava acelerado. Porém, esse fato acontecia devido a emoção da menina com o contato do pai que era distante. Amélie é então erroneamente diagnosticada com arritmia cardíaca, não podendo frequentar a escola ou brincar com outras crianças.
A alfabetização da menina foi realizada pela própria mãe. Sua mãe que morre quando Amélie ainda era pequena. A menina sente a dor ao se deparar com essa realidade do processo de luto, de que a mãe não vai mais voltar. No filme podemos imaginar como foi esse processo de luto, frente aquela vivencia familiar que não permitia expressar os sentimentos. Amélie cresce isolada do convívio social e longe de outras crianças o que irá refletir em sua vida adulta. Uma vivencia solitária rendeu a Amélie muita imaginação e criatividade. A solidão ocupa um importante papel no filme e principalmente na vida de Amélie.

Com a maioridade, Amélie deixa a casa do pai e vai morar sozinha, muda-se para o bairro parisiense Montmartre onde trabalha de garçonete em um restaurante. Aos poucos, vamos descobrindo Amélie e percebendo o quanto ela é observadora. Repara em detalhes de tudo que a cerca, desde as coisas e situações mais simples e corriqueiras. Se deixa afetar-sentir por esses pequenos detalhes. É uma investigadora, cheia de curiosidade com o mundo. A curiosidade é justamente uma questão importante em sua vida. Amelie está sempre em busca, quer aprender, descobrir e conhecer. Esse movimento é algo que a impulsiona para frente.


Certo dia, em seu apartamento, um evento casual faz com que Amélie descubra uma caixa com brinquedos – que foi guardado por uma criança que morou no local há cerca de 50 anos. Amélie decide encontrar quem é o dono e após descobri-lo, ela encontra uma forma de entregar anonimamente, mas presencia a emoção do dono ao chorar de alegria. Neste momento, Amélie dá um novo sentido à sua vida e parece descobrir o prazer do encontro com as pessoas. Amélie ao mesmo tempo em que se satisfaz ajudando as pessoas, também tem muitas dificuldades para se relacionar com elas, o que a leva tramar de um jeito criativo para se comunicar.


Durante suas tramas, Amélie se apaixona por um rapaz (Nino), levando-a, em sua criatividade, a buscar uma maneira de expressar seu sentimento pelo jovem. Nesse contexto é onde se apresenta intensamente as contradições e conflitos das suas relações. Ao tentar demostrar seus sentimentos pelo rapaz, Amélie coloca obstáculos e barreiras que a impendem de seguir na relação. Utiliza formas para amenizar a angústia frente ao novo e desconhecido.
Amélie conseguiu, mesmo com alguns momentos solitários em sua infância, perdas e as dificuldades com seus pais, criar um sentido em sua vida sem abrir mão de sua singularidade. Apesar de todos esses conflitos iniciais, ela conseguiu (re)significar suas vivências emocionais. Mesmo com muito receio, medo e angústias que retornavam, se permitiu entrar em contato com as próprias questões emocionais – primeiro de outras pessoas e, quando mais fortalecida, de suas próprias.
Aos poucos, foi construindo melhores condições internas para lidar com questões externas de sua vida. Naquilo em que tinha maior dificuldade, foi onde Amélie (re)significou as suas vivências e deu um novo colorido à vida. Assim, o filme retrata a capacidade de Amélie re(significar) e (re) criar novas possibilidades em sua vida. Esse movimento de Amélie pode ser comparado a um processo de análise, no qual o paciente vai aos poucos e no seu tempo, enriquecendo seu mundo interno por meio da possibilidade de reflexão sobre suas próprias questões.



  Referências
Filme o Fabuloso destino de Amélie Poulain
Sublimação arte e psicanálise
Psicologia e cinema




Tecnologias

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