domingo, 29 de março de 2020

O sofrimento nos faz mudar








Em tempos de isolamento social, temos observado que surgem diversas dicas sobre o que fazer durante esse período. O que podemos apreender com tudo isso?
Primeiramente, é bom que existam recursos como a internet, que nos possibilitam estar conectados, trocando, apreendendo e nos fortalecendo uns com os outros.
Além disso, estar sozinho, gostar do silêncio, da tranquilidade e serenidade são exercícios contínuos. São nessas ocasiões que surgem as ideias e que podemos criar. É curioso que o que mais nos ajuda agora a lidar com o isolamento social (músicas, artes, leituras, educação física) normalmente são pouco valorizados no ensino escolar.
Não estamos acostumados a estar por muito tempo contínuo dentro de casa e nem temos esse registro psíquico, então essa experiência desperta diferentes sensações e sentimentos nas pessoas. O isolamento nos afetou bruscamente e exigiu uma mudança na rotina e nos hábitos. Conforme vamos assimilando a ideia, percebemos que não estamos de férias. E que temos mais dúvidas do que certezas sobre tudo que está acontecendo ao nosso redor.
Mais do que solidariedade, precisamos ter humildade e reconhecer que não temos controle sobre as coisas e que não somos onipotentes. O recolhimento psíquico é um jeito de ir acomodando tudo isso. Lidar com essa nova realidade demanda uma reorganização interna. É um momento de repensar o que fazemos de nossas vidas, reavaliar muitas situações e a forma como existimos no mundo. O recolhimento é um cuidado consigo e com os outros.
Sairemos dessa mais fortes. Todo sofrimento nos faz mudar.

Foto: Casa de Cultura Mário Quintana,
Acervo pessoal

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