O final do ano pode vir
acompanhado de uma intensidade de sentimentos. Iniciando um novo ano, é como se
seguisse uma ligação-conexão com o ano que passou, surgindo assim, diversas
questões.
O novo ano chega como um
desconhecido. E ainda vem acompanhado de muitos desejos, ideias, planos e
expectativas. Trezentos e sessenta e cinco dias para irmos em busca de alguns
desses tantos desejos. Alguns, porque nem sempre e quase nunca podemos alcançar
tudo o que desejamos, pois a completude não existe. Somos seres incompletos. Na
medida em que nos cobramos mais do que podemos, surgem as tantas frustrações.
Na medida em que transformamos nossos desejos em cobranças e obrigações,
estamos mais distantes de caminhar levemente. Esses conflitos são humanos e não
é raro que aconteçam. Ainda mais que vivemos em mundo que nos cobra uma taxa
alta para produzirmos e nos sentirmos felizes boa parte do tempo.
Freud (1921), em Mal-Estar
na Cultura, já nos falava: "Por essa razão, passaremos a uma pergunta mais
modesta: O que os próprios seres humanos, através de seu comportamento, revelam
ser finalidade e propósito de suas vidas? O que exigem da vida, o que nela
querem alcançar? É difícil errar a resposta: eles aspiram à felicidade, querem
se tornar felizes e assim permanecer. Essa aspiração tem dois lados. Uma meta
positiva e a outra negativa: por um lado a ausência de dor e desprazer, por
outro, a vivência de sensações intensas de prazer. Em seu sentido literal mais
estrito, "felicidade" refere-se apenas a segunda."
Nenhum comentário:
Postar um comentário